Lei de Incentivo à Cultura Secretaria da Cultura

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NOS TRILHOS DA LEITURA - 2022

Processo: 22/1100-0001485-4 | Data de entrada: 15/04/2022 | Situação atual: Concluído
Produtor cultural: CHILI PRODUÇÕES CULTURAIS LTDA

Área/Segmento cultural: LITERATURA: Impressão de livro, revista e outros

Local de realização: AGUDO


Identificação:

O projeto objetiva desenvolver ações voltadas para o incentivo à leitura dentro de um guarda-chuva que envolve: Mala de Leitura em 10 escolas públicas de Agudo; realização da Feira de leitura nas 10 escolas envolvendo cada uma a sua comunidade; realização de uma Feira de Leitura geral na região central do município; realização da Jornada de Literatura Infantojuvenil de Agudo, com oficinas, mesa redonda e espetáculos com base no livro e na leitura. As ações: Mala de Leitura: é um método diferenciado de incentivo à leitura e formação de novos leitores. São 20 Malas com 35 livros em cada uma, totalizando 700 livros. Cada dupla de Malas fica 30 dias em cada escola e depois parte para a itinerância. Essa itinerância da Mala permite que poucos livros sejam lidos por muitas pessoas, num tempo menor e com um custo muito baixo. Os livros ficam armazenados na Mala de Leitura, que têm um tempo de vida útil bem significativo, dependendo aí, de cuidados e atenções locais. A Mala de Leitura fica em torno de 35 a 40 dias em cada escola, quando termina esse período se faz o giro das Malas e uma nova biblioteca itinerante chega para ficar por mais um período. Ao todo, a intenção é que 4 grupos de Malas passem por cada escola participante, oportunizando às crianças a leitura de 280 livros durante o ano. Formação de Mediadores de Leitura – são as capacitações realizadas pelo Promotor de Leitura Maurício Leite, que envolve a sua experiência de mais de 40 anos na formação de novos leitores. A formação de mediadores vai além do público docente, por meio das escolas, são convidados os pais e familiares a participarem de algumas atividades. Entendendo que a leitura não pode ser somente na escola. O encontro com a leitura, em especial a literária, muitas vezes, só é possível por intermédio de um mediador, para mencionar as primeiras pessoas a “incentivar” o outro a ler. Os mediadores sociais institucionais (escola, biblioteca, família, livrarias etc.), assim como os pessoais (pai, mãe, irmão, tio, vizinho, amigo, professor etc.), são pontes para o desenvolvimento do chamado “gosto” pela leitura, em especial pela leitura literária, em qualquer fase da trajetória de leitura do indivíduo. Etimologicamente a palavra “mediador” deriva do latim mediator. O termo “mediador”, então, origina-se de mediari, que significa intervir, colocar-se em duas partes, de medius. Esse termo, entretanto, recobre conceitos diversos a depender do campo de conhecimento. Tratando-se de leitura, o mediador é aquele que medeia, intervém, aproxima o leitor do texto. Em outras palavras, o promotor da relação leitor – objeto – leitura. Também, aquele que pode causar na criança o desejo pela colheita produtiva dos sentidos dos textos, descortinar o horizonte do leitor e ajudá-lo a “olhar” a “imensidão do mar” (GALEANO, 2002) de sensações e significados advindos da linguagem, especialmente a literária. “O mediador na fase da infância não é para os textos apenas, mas para seu contexto histórico concreto. Trata-se de estimular uma inteligência sensível, questionadora. A arte não mata a ciência, as sensibilidades não descartam as habilidades: a leitura do mundo vai e volta à palavra sem que o dicionário dê conta das experiências todas em seu verbete. .... Não há mediador que antes não seja leitor experiente, nem mesmo diante de crianças que pela primeira vez tomam um livro nas mãos e na delícia de descobrirem as imagens, já interpelam o mundo. Por isso, a seriedade da mediação: se não leu antes, atentamente, o conto de cinco páginas Chapeuzinho Vermelho, do Perrault, como Fita verde no Cabelo, de Rosa, poderá fazer sentido, com suas duas páginas? O mediador em exercício realiza sua formação continuada, enquanto lê-com, não apenas porque lê-para. Sua experiência, por fim, não o torna presunçoso de seu conhecimento, que sabe o que o outro teve menos chance de aprender, mas se reconhece a caminho, aprendiz permanentemente, enquanto vida houver, enquanto literatura e arte encontrarem novos suportes e novas expressões.” (Eliana Yunes – Cátedra UNESCO de Leitura) Feira de Leitura – realização do evento em cada escola, que convida a sua comunidade – pais, amigos, vizinhos – a participarem de ações de leitura na escola. A ideia é aproximar os livros e a leitura de todos, ampliando e legitimando o papel de cada um no processo de formação do leitor. No final do ano, é realizada uma grande Feira de Leitura, na região central do município, onde cada escola traz as suas vivências literárias e o público é convidado a participar. É o momento em que as escolas mostram suas leituras, suas ações e propoem ações e leituras para os visitantes do evento. Jornada de Literatura Infanto-Juvenil - A ideia que norteia o evento é a promoção do debate entre professores, escritores e pesquisadores sobre o ensino da leitura, a qualidade da produção dos livros infantis e juvenis e a importância da literatura infantil e juvenil como material de leitura. Com uma programação diversificada e qualificada, o evento coloca a leitura e a arte no centro das atenções. Envolve os professores em oficinas literárias e toda a comunidade na Mesa Redonda com os escritores e profissionais convidados, como também nos espetáculos que tem como base de inspiração a literatura. Em anexo, segue a programação proposta, bem como o currículo dos convidados. Em julho de 2018 o governo sancionou a Lei Castilho, que estabelece uma política pública para a Leitura e a Escrita. A ação Mala de Leitura se antecipa a esta lei, pois há anos trabalha a Leitura como direito de todos. Surgiu da necessidade de permitir, no interior do Brasil, o acesso de populações isoladas à leitura de qualidade e a um trabalho educativo inovador e adequado às condições locais - crianças e jovens indígenas e de famílias de pequenos agricultores rurais, com pouco ou nenhum acesso à educação formal. As poucas escolas existentes eram e são precárias, construídas com a palha de palmeiras, pouco resistentes às chuvas e ventanias; soma-se a isso, a inexistência de recursos financeiros para aquisição e acomodação e conservação de livros na quantidade necessária. As Malas são uma pequena biblioteca itinerante contendo em média 30 livros. Instigante e rico, o acervo envolve uma seleção dos melhores autores da literatura infanto-juvenil brasileira e demais países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, os clássicos da literatura universal e livro de imagem. O universo cultural local é representado em obras que tratam de folclores, mitos, animais, lendas e contos tradicionais e histórias acontecidas na região. É a partir do trabalho da Mala de Leitura, que propomos as feiras na escola, a feira para a comunidade geral e a jornada. Um grande Guarda-Chuva literário. O foco do projeto são principalmente as crianças. Para atingi-los é preciso trabalhar com os educadores, capacitando-os para incentivar a leitura em sala de aula e também com os pais, visto que os alunos são estimulados a levar os livros para casa, lerem para os irmãos, os pais e avós, até que o livro faça parte do cotidiano daquela família. O Método Mala de Leitura se desenvolve por meio de oficinas práticas de leitura, que capacitam educadores a formar novos leitores. Desperta-se assim no educador o prazer de ler e de contar estórias, forma-se assim o Mediador de Leitura. Esta proposta parte dos resultados de pesquisas importantes como a Retratos da Leitura, que dão conta de que hoje (2019) apenas 45,7% das escolas públicas de ensino básico contam com bibliotecas ou salas de leituras. Ainda de acordo com a pesquisa, desenvolvida pelo Todos Pela Educação, em parceria com a Editora Moderna, apenas 14,1% das crianças do grupo de nível socioeconômico muito baixo possuem nível suficiente de alfabetização em leitura. E considerando que os números da leitura no Brasil indicam que a prática da leitura ainda não está totalmente presente entre os brasileiros. Uma prova disso são os dados da pesquisa Retratos da Leitura do Instituto Pró-Livro. De acordo com o levantamento, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro. A média de obras lidas por pessoa ao ano é de 4.96. Desse total, 2.43 foram terminados e 2.53 lidos em partes. Outro dado que fundamenta esta proposta vem do desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), prova feita em 70 países com estudantes entre 15 e 16 anos. O resultado da última avaliação mostrou que 51% dos estudantes estão abaixo do nível 2 em leitura, que é considerado o patamar básico. Das 70 escolas avaliadas, o Brasil fica em 59º lugar. O trabalho será coordenado pelo promotor de leituras Maurício Leite, apresentado nos anexos deste projeto.

  Período de realização: 22/08/2022 a 16/12/2022  
Valor aprovado: R$ 125.900,00  Vigência da captação: 16/12/2022  
   
Valor captado: R$ 125.900,00   Consultar as Empresas Patrocinadoras
Valor liberado: R$ 125.900,00 Prestação de contas Relatório Físico: 07/03/2023 
Valor autorizado para execução: R$ 125.900,00 Prestação de contas Relatório Financeiro: 07/03/2023 
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