Em defesa do meio ambiente - 2025

Processo: 23/1100-0001765-4 | Data de entrada: 31/07/2023 | Situação atual: Projeto em diligência
Produtor cultural: Souza Castro Produções Ltda.

Área/Segmento cultural: AUDIOVISUAL: Produção de cinema em LONGA-METRAGEM

Local de realização: PORTO ALEGRE, GUAÍBA, PANTANO GRANDE, TORRES, NOVO HAMBURGO, TRIUNFO, CANOAS, PASSO FUNDO, BAGÉ, SANTA MARIA, CAXIAS DO SUL, TRAMANDAÍ, RIO GRANDE

Identificação:

O agravamento catastrófico do desequilíbrio ambiental no Planeta Terra é uma situação que impõe reflexão e exige ação da comunidade internacional e de cada um. Frente aos problemas ambientais urgentes do Brasil e do mundo, propõe-se uma série audiovisual em forma de documentário (12 episódios de 20 minutos cada) sobre os principais temas atuais, vinculando-os às lutas e fatos da trajetória, personalidades e organizações pioneiras do movimento em defesa do meio ambiente. O Estado do Rio Grande do Sul inaugurou no Brasil e esteve no centro da luta ambiental com as atuações, entre outros, de José Lutzenberger, Magda Renner, Hilda Zimmermann, Giselda Castro, Augusto Carneiro e, décadas antes, Henrique Luiz Roessler. Importantes organizações ambientalistas marcaram história: AGAPAN e UPNS, Cooperativa Coolmeia, Ação Democrática Feminina Gaúcha ADFG, depois Núcleo Amigos da Terra, Fundação Gaia, entre outras. Perante a inscrição na LIC, a série Em defesa do Meio Ambiente está como ‘produção de cinema longa-metragem’, sendo a opção disponível. Porém, verdadeiramente, o volume de material a ser produzido corresponde a três documentários de longa-metragem. Na narrativa, em cada episódio, documentos pesquisados, acervos e registros de imagens, estudos, memórias e análises de personagens envolvidos relatam e ajudam a compreender os problemas ambientais do tempo presente como resultado de escolhas, em embates e dilemas históricos que se tornaram permanentes e agravados. Os acervos memorialísticos, em boa parte já acessados pela produção, compõem a pesquisa do projeto, subsidiam o roteiro e serão usados na edição. A narrativa é sobre a vida no planeta em risco, a atualidade e urgência do problema ambiental, uma realidade complexa, ampla e necessariamente transversal e atual a muitas áreas do saber e da vida humana. Neste contexto, a tese central da série é apresentada: a crise ambiental de hoje é resultado de um longo processo de desequilíbrio, assim como a luta pela preservação da natureza tem uma história de embates, organizações e avanços. A crise e ameaça terminal de hoje em nada surpreende, pois é consequência de um processo de degradação que foi amplamente denunciado e é objeto de embates históricos intensos. A série vai recuperar a história das manifestações e lideranças pioneiras apontando a atualidade e agravamento dos problemas ambientais. E avançar para mostrar como países e grandes instituições estão tratando dos problemas cruciais ligados à preservação da vida no planeta Terra. Em 12 episódios, abordando fatos históricos e problemas contemporâneos, a série pergunta: ‘como compatibilizar desenvolvimento e presença da sociedade humana com a necessária e urgente sustentabilidade ambiental’? Frente ao agravamento da crise climática do aquecimento global, procura responder o que é desenvolvimento ecologicamente sustentável. Contextualiza a história de ocupação, colonização e modelo de desenvolvimento social e econômico construído. Desenvolve o tema da produção e consumo de alimentos orgânicos, com a história da Cooperativa Coolmeia (1978) e das Feiras Ecológicas, frente ao problema dos agrotóxicos e da expansão das fronteiras agrícolas. Investiga e explica o que é a nova matriz energética em alternativa aos combustíveis de queima de Carbono. Recupera as discussões e avalia as soluções buscadas frente à industrialização e a proteção ambiental, cujo marco foi a luta e implementação das licenças ambientais. Explica o ciclo e a situação hídrica (poluição e defesa dos rios, mananciais, Comitês de Bacia, entre outros temas de grande impacto histórico). São trazidos os temas de fundo, e de alta atualidade, sobre os problemas ambientais, integrados aos problemas sociais e econômicos, na ocupação, destinação e gestão do território das cidades. Sobre o Bioma Pampa, os campos do Sul, crescem em importância o reconhecimento e as ameaças com acelerada perda de sua cobertura natural, secas agravadas, desertificação e contaminação dos rios e mananciais. A poluição dos Oceanos, em acelerada degradação por microplásticos entre outros, é outro tema premente que será tratado em episódio próprio. Sobre a arborização urbana, frente ao hábito de corte das árvores sem qualquer uso de técnica, a intensa luta e movimento feito (inclusive o emblemático ato da subida na árvore, em 1975, do estudante Carlos Dayrel, entre outros). Outro tema da atualidade coloca a perspectiva da doença ambiental do planeta como fator de pandemias (‘sindemias’, termo contemporâneo mais adequado). Entre as lições tiradas dessa jornada investigativa está a necessidade de aprender com o próprio meio ambiente, pois o pensamento ecológico ensina a observar e aprender com a natureza. Buscando rigor e abrangência no desenvolvimento da narrativa, o projeto conta com importantes aportes na equipe de realização. O roteirista principal é o Jornalista e Ambientalista João Batista Santafé Aguiar, cuja atuação se destaca por longa data como pesquisador engajado, e cujo amplo acervo memorialístico subsidia em parte nossa pesquisa. Da mesma monta, o projeto também tem o apoio de Lilian Dreyer, outra expoente jornalista, pesquisadora e escritora (biógrafa de Lutzenberger). Com ambos, Santafé Aguiar e Dreyer, o produtor Guilherme Castro (associado à AGAPAN em 1986), desenvolve relações profissionais e de conteúdo ambientalista desde vários anos: com Lilian Dreyer e Alfredo Barros (escalado como montador da série), trabalharam ainda na década de 90 com vídeos e documentários com José Lutzenberger, Augusto Carneiro e outros.